EXAMES E ORIENTAÇÕES

HEMOGLOBINA GLICADA


Hemoglobina Glicada ou Glicosilada, também abreviada como HbA1c e até A1c, é uma hemoglobina presente nos eritrócitos humanos que é útil na identificação de altos níveis de glicemia durante períodos prolongados. Este tipo de hemoglobina é formada a partir de reações não enzimáticas entre a hemoglobina e a glicose. O exame de hemoglobina glicada é o mais importante na avaliação do controle do diabetes. Ele resume, para o médico e para o paciente, como adoença esteve controlada nos últimos 60 a 90 dias permitindo uma avaliação fiel deste período.


HEMOGRAMA


O hemograma corresponde a um conjunto de testes laboratoriais que estabelece os aspectos quantitativos e qualitativos dos eritrócitos (eritrograma), dos leucócitos (leucograma) e das plaquetas (plaquetograma). O eritrograma inclui os testes laboratoriais que determinam o perfil hematológico da série vermelha no sangue periférico. É constituído por contagem de eritrócitos, dosagem de hemoglobina, hematócrito, índices hematimétricos e avaliação da morfologia eritrocitária. O leucograma engloba os testes laboratoriais que determinam o perfil hematológico da série branca no sangue periférico onde é feito a contagem global e diferencial de leucócitos juntamente com a análise das alterações morfológicas no sangue. Já o plaquetograma envolve a contagem de plaquetas, avaliação de sua morfologia feita por microscopia e as determinações do volume plaquetário médio e da variação entre seus volumes. O hemograma auxilia na elucidação do estado geral da saúde como, por exemplo, casos de anemias, inflamações, infecções, hematomas, hemorragias, leucemias, síndromes (doenças hereditárias) bem como, acompanhamento em tratamentos.


HEPATITE B - ANTI - HBS


Anticorpos anti-HBs são utilizados para monitorar o período de convalescência e a recuperação de indivíduos infectados pelo vírus da hepatite B (HBV), como também para avaliar o sucesso da vacinação contra a hepatite B , a presença desses anticorpos é importante na proteção contra o vírus da hepatite B. A dosagem de anticorpos anti-HBs nos vacinados é essencial para determinar a duração da proteção dada pelo ciclo de vacinação e a necessidade de novas doses de vacina. A presença de anticorpos anti-HBs após infecção aguda pelo HBV e a ausência do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) podem ser um indicador útil de resolução da doença.


HEPATITE C - ANTI - HCV


O vírus da hepatite C (HCV) é um membro da família dos Flaviviridae e tem genoma com cadeia simples de RNA. É uma das principais causas de doença hepática, sendo de difícil diagnóstico clínico, pois na grande maioria os pacientes são assintomáticos. A infecção por HCV pode dar origem a hepatites agudas e crônicas. Aproximadamente 70 a 85% das infecções progridem para doença crônica, que pode dar origem a cirrose e a carcinoma hepatocelular. Os principais fatores de risco referentes a esta doença abrangem a transfusão de hemoderivados por doadores infectados, uso de drogas injetáveis, transplante de órgãos, hemodiálise, transmissão vertical, relação sexual e exposição ocupacional.


HIV 1 E 2 - ANTÍGENO E ANTICORPOS - CLIA - TESTE DE TRIAGEM


A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença causada pelo vírus do HIV, que é um retrovírus adquirido principalmente por via sexual e sanguínea, por meio de objetos perfuro-cortantes contaminados e infecção pré-natal do feto ou perinatal do recém-nascido. O vírus do HIV se reproduz no corpo humano nos linfócitos T CD4+, tornando o corpo vulnerável à infecção por doenças oportunistas. A AIDS é causada por dois tipos de vírus da imunodeficiência humana, HIV tipo-1 e HIV tipo-2. O exame é utilizado para detecção simultânea do antígeno p24 e de anticorpos contra o HIV-1 e/ou HIV-2.


HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE - FSH


Nas mulheres o hormônio folículo estimulante humano (FSH) estimula o crescimento folicular e, em associação com o LH, estimula a secreção de estrogênio e a ovulação. Após a ovulação, acredita-se que os hormônios FSH e LH sejam responsáveis pela transformação do folículo lacerado em um corpo lúteo e que influenciem a secreção de progesterona pelas células lúteas. Os níveis de FSH em circulação variam de acordo com o estradiol e a progesterona. Em um ciclo menstrual normal, verifica-se um ligeiro pico de FSH perto do fim da fase lútea. Isso dá início ao crescimento e à maturação dos folículos ovarianos. Em seguida, os níveis de FSH descem e permanecem baixos ao longo da fase folicular. No meio do ciclo, há um aumento do FSH. Após este aumento, a FSH é suprimida. Perto do final do ciclo menstrual, o ligeiro aumento de FSH inicia então a maturação folicular do ciclo seguinte. Nas mulheres que menstruam normalmente, as variações na duração dos ciclos são causadas pelas variações na duração da fase folicular. Nas mulheres em menopausa, os níveis de FSH aumentam em resposta à produção reduzida de estrogênios e progesteronas ovarianos. Como resultado, a ovulação e os ciclos menstruais diminuem até cessarem definitivamente. Nos homens, a FSH estimula a espermatogênese. Os níveis de LH e FSH humanos são normalmente determinados em investigações sobre anomalias menstruais, de fertilidade e desenvolvimento na puberdade tais como falência ovárica prematura, menopausa, distúrbios da ovulação e insuficiência pituitária. O coeficiente de LH/FSH tem sido utilizado como auxiliar no diagnóstico da síndrome do ovário policístico. Níveis baixos de LH e FSH podem indicar insuficiência pituitária, enquanto níveis elevados de LH e FSH associados a níveis reduzidos de esteroides gonadais podem indicar insuficiência gonadal. Níveis baixos de gonadotropinas são geralmente detectados em mulheres que tomam contraceptivos esteroides orais. Nos homens, níveis elevados de FSH e LH acompanhados de níveis baixos de esteroides gonadais podem indicar insuficiência testicular ou anorquia.


HORMÔNIO LUTEINIZANTE - LH


Nas mulheres, o LH estimula a maturação final do folículo, a ruptura folicular e a ovulação. O LH humano é secretado pelas células gonadotróficas do lobo anterior da hipófise em resposta ao hormônio de liberação de gonadotrofina (GnRH) secretado pelo hipotálamo. Em um ciclo menstrual normal, o feedback negativo produzido pelo estradiol inibe a secreção de LH na fase folicular. À medida que o folículo se desenvolve (em resposta ao FSH), aumenta a produção de estradiol, determinando um aumento na GnRH e uma maior sensibilidade da hipófise ao GnRH. Um aumento de GnRH provoca uma produção maior de LH na fase pré-ovulatória (metade do ciclo) e a ovulação. Após este aumento, o LH é inibido durante a fase lútea por causa do feedback negativo da progesterona e do estradiol. Nas mulheres em idade fértil, as variações nas durações dos ciclos são causadas pelas variações na duração da fase folicular. Em mulheres na menopausa, os níveis de LH são elevados por causa da produção menor de estrógenos e progesterona ovarianos, que elimina o mecanismo de feedback negativo na hipófise. Nos homens o LH é frequentemente chamado de hormônio estimulante das células intersticiais e influencia a produção de testosterona pelas células de Leydig dos testículos.